quinta-feira, julho 20

Sir Arthur Conan Doyle

mais um de meus idolos literários, posso lhes assegurar, já li cada uma de suas histórias mais conhecidas dezenas de vezes

Sir Arthur Conan Doyle

Arthur Conan Doyle nasceu em Edimburgo, Escócia, em 22 de Maio de 1859. Cresceu no seio de uma família de artistas e literatos e o seu maior interesse, na juventude, era a leitura - essencialmente trabalhos de Sir Walter Scott, Macauley e Edgar Allan Poe.

Medicina
Depois de frequentar a escola de Stonyhurst, Conan Doyle entrou na Universidade para estudar medicina e ali conheceu um homem que muito havia de influenciar a sua carreira posterior.

Joseph Ball.
Era um cirurgião no centro de medicina de Edimburgo, e Conan Doyle um dos seus alunos. Ball tinha um pensamento altamente perspicaz e investigador. Olhava sempre com muito cuidado os pacientes, não só para os examinar como é usual, mas também tentando deduzir mais detalhes através de uma observação cuidadosa. Indicariam as mãos deste homem - rugosas e ásperas - que foi um trabalhador rural? Poder-se-ia deduzir da sua forma de ser que foi funcionário público no estrangeiro? Servindo-se da sua cuidadosa observação de detalhes, que para outros seriam irrelevantes, desenvolveu poderes de dedução, encorajando os seus alunos a fazer o mesmo. As suas atitudes e ideias impressionaram o jovem Doyle que nunca as esqueceu. Conan Doyle passou algum tempo como embarcadiço. Para financiar os seus estudos, viajou para as regiões Árticas e para o Oeste de África. Por volta de 1886 já estava bem qualificado, ganhando razoavelmente como policlínico em Southsea.

Ambições Literárias
Embora Conan Doyle ganhasse a vida como médico, as suas verdadeiras ambições eram literárias. Já tinha contribuído com algumas peças para diversas revistas e completou mesmo uma novela, muito embora não tivesse encontrado ainda o seu estilo próprio.

Entra Holmes
Conan Doyle viu os seus pensamentos dirigirem-se cada vez mais para a ciência - e para a literatura - de detecção. Decidiu criar um detective fictício com excelente raciocínio científico. Com esta ideia, escreveu "Uma confusa meada" dando corpo a uma história narrada por Ormer Sackville. Nela se descreve um detective chamado Sherrinford Holmes. Mais tarde, após várias reescritas e mudanças, essa mesma história dá origem a "Um Estúdi em Vermelho", onde o doutor John Watson faz a narrativa de Sherlock Holmes. O livro foi rejeitado por vários editores até que Ward Lock & Cia o comprou para o incluir no Anuário de Natal de Beeton, em 1887. O editor da revista Lippincott leu, gostou da história e pediu a Conan Doyle outra: "O Signo dos Quatro" apareceu em 1890.

Sucesso
No início de 1891, Conan Doyle decidiu abandonar a sua carreira médica para poder dedicar o seu tempo à escrita.

A revista Strand publicou uma série de seis histórias de Sherlock Holmes. Em breve Holmes e Watson estabeleceram-se como os favoritos do público inglês, que se tornou insaciável de histórias do super detective e do seu fiel companheiro. Mas Conan Doyle estava cansado de Holmes e queria concentrar-se naquilo que considerava escrita séria. Por isso, quando o editor da revista Strand lhe pediu mais material, ele não estava disposto a produzi-lo. Para dissuadir o editor, Conan Doyle pediu 50 libras por história - uma enorme quantia de dinheiro naquela época - pensando que ele ia recusar e que seria o fim de Holmes. Mas não foi isso que aconteceu - o editor percebeu a popularidade que as histórias tinham entre o público e pagou. O resultado foram as seis histórias seguintes de Sherlock Holmes.

O problema final
O editor da revista Strand pediu mais e, por sua vez, Conan Doyle exigiu um preço proibitivo. Desta vez 1000 libras por doze histórias e, para sua grande surpresa, deram-lhas! As doze histórias apareceram em 1893. Nessa altura, Conan Doyle estava mais determinado que nunca a acabar com Holmes e Watson. A última das doze histórias, "O Problema Final", apresentava Holmes mergulhando - para morrer - nas águas tumultuosas das Cataratas de Reichenback, fechado num abraço mortal com o seu grande inimigo, Professor Moriarty. "Graças a Deus, acabei com o bruto!" - disse Doyle ao completar a história.

Entretanto... a guerra
Conan Doyle pode ter ficado contente por se livrar de Holmes, mas os leitores não. Tinha-se formado um público leal e assíduo que ficou descontente com o facto das histórias de detective terem acabado. Apesar de tudo, alguns acontecimentos surgiram que afastaram Sherlock Holmes, tanto do público inglês como do pensamento de Conan Doyle. A guerra Boer começou em 1892, e Conan Doyle retomou a medicina, como psiquiatra, num hospital Sul-Africano. Mostrou grande bravura e audácia na linha da frente, sendo armado cavaleiro em 1902. De regresso, escreveu um livro escolar com o título "A Grande Guerra Boer" que engrandeceu a sua crescente reputação de escritor.

O regresso de Holmes
Holmes podia estar morto na intenção de Conan Doyle, mas recusou-se a ficar esquecido. Apesar do alívio do autor por se ter libertado dele, a exigência de mais histórias por parte do público, continuava intocável e, enquanto recuperava do desgaste da guerra, Conan Doyle ouviu algumas lendas e contos de Dartmoor. Isto interessou-o. Decidiu escrever uma história misteriosa acerca de uma família que vivia em Dartmoor, a qual foi assombrada e aterrorizada por um cão de caça espectral. Quem melhor do que Sherlock Holmes para resolver o mistério? Conan Doyle escreveu o livro como uma primeira aventura da carreira de Sherlock Holmes e, "O cão dos Baskervilles", apareceu em 1901-2. Sob pressão contínua do público e dos editores, Conan Doyle cedeu e ressuscitou Holmes, explicando em "A Casa Vazia" em 1903 como Sherlock escapou à morte nas cataratas de Reichenback; explica também como ele passou algum tempo viajando pelo estrangeiro antes de voltar a Londres para prosseguir a sua carreira. A história apareceu numa colecção intitulada "O Regresso de Sherlock Holmes" e trêze aventuras novas surgiram nos anos de 1903 e 1904.

O Veterano de Guerra
Foi durante este período da sua vida que Conan Doyle se tornou, ele próprio, detective. Envolveu-se em vários casos que acreditava terem sido mal conduzidos pela justiça e foi graças aos seus esforços que as sentenças foram mudadas. Também participou vigorosamente em campanhas sobre diversos assuntos do seu próprio interesse, tais como a lei da reforma do divórcio, o governo local para a Irlanda e o canal Tunnel. Também avisou, quem o quis ouvir, sobre a grande ameaça que os submarinos e aviões constituiriam na guerra com a Alemanha, a qual julgava inevitável.

Mais escritos Apareceram
mais seis histórias de Sherlock Holmes entre 1908 e 1913. Em1914 surgiu "O Vale do Medo", descrito pelo autor como "O Meu Canto do Cisne em Ficção." Mas nem assim Holmes morreria e, em 1917, "A Sua ûltima Vénia" apareceu, sendo seguido por mais doze histórias na revista Strand entre 1921 e 1927.

Espiritualismo
Os últimos anos da vida de Sir Arthur Conan Doyle foram muito virados para o espiritualismo e para a análise psíquica, interesse esse reflectido em muitas das histórias que escreveu nessa altura. Assim, em 1920, começou a dar conferências sobre a possibilidade de comunicar com os espíritos dos que morreram. Morreu a 7 de Júlho de 1930. Apesar de Conan Doyle não gostar do detective que criou, os seus livros agradaram a milhões de leitores de todo o mundo e são, ainda hoje, lidos com grande entusiasmo, apesar de terem passado 50 anos desde a última aventura. Sherlock Holmes continua a ser o detective mais famoso de todos os tempos - real ou fictício.


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CINEMA

os primeiros dois filmes que me ocorrem sao O Enigma da Piramide, excepcional filme da decada de 80 que traz um Holmes ainda em tempos de colegio e nesta versao Watson é seu colega de estudos.

o segundo trata-se de O Ratinho Detetive, de Walt Disney, em que um ratinho Basil (Holmes) e seu colega Watson moram na Baker Street, mais exatamente embaixo da casa do Holmes original... tambem excelente filme. agradeco se alguem tiver imagens sobres estes dois filmes para me enviar. vamos ampliar esta relacao? mande-me seu conhecimento sobre o assunto, pois na verdade os unicos filmes de Holmes que vi foram dos estudios ingleses da decada de 60 e 50, na infancia, e nao tenho memorias para descrever...


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