Obra notável e relevante sob diversos aspectos, a "Dovtrina Christam em Lingoa Bramana Canarim" ("para ensinar os mininos") foi impressa em 1622, em Rachol, Goa, nas oficinas do Colegio da Companhia de Jesus. Escrita pelo "first englishman in India and British pioner in the study of indian languages" Thomas Stevens, SJ. Composta com tipos antiqua de inspiracao garamondiana pessimamenmte acabados e delineados, o que demonstra a falta de recursos contra que lutavam os jesuitas em Goa aquela altura, 168 anos apos a criacao dos tipos moveis gutenbergianos, que ja na Europa tinham solucoes esteticas e tecnicas altamente refinadas. Anchieta foi o primeiro ocidental a publicar, desde os tempos grecoromanos, uma gramatica (escrita por um ocidental) que nao se baseasse nas regras do latim, o tupi-guarani ("a lingua mais usada na costa do Brasil"), em Coimbra em 1595. Este material pode ter servido de inspiracao para a Gramatica em Lingua Concani de Thomas Stevens, autor tambem de um poema em Maratthi, chamado The Christian Puranna.
A "Dovtrina Christam" tem hoje seu unico exemplar conhecido guardado em Lisboa. O material para nossa pesquisa é a edicao fac-simile de 1945 editada pela Agencia Geral das Colonias Portuguesas em conjunto com a Universidade de Lisboa. Nela, o jesuita Stephens cria dialogos simplificados com perguntas e respostas como um catequismo de facil compreensao para os nativos orientais. Esta forma de catequismo era comum à época. A importancia histórica deste livro se dá, entretanto, pela esforco em compreender e respeitar o idioma nativo, pela obra de Stephens.
Reproduziremos em breve aqui algumas paginas do livro, incluindo o frontispico onde podemos ver o portugues arcaico de entao antes do texto em concani. Deste livro observa-se ainda uma errata relativamente copiosa, o que reforca as caracteristicas peculiares de uma nova gramatica e talvez a inexperiencia dos impressores jesuitas em Goa. Faz-se mister agora procurar exemplos de outras publicacoes da Companha de Jesus mundo afora para comparar a qualidade tecnica entre a producao dos diversos colegios que ele espalharam pelo mundo.
A Intellecta Design escolheu este material para a criacao da fonte devido a seus pontos de relevancia para o contexto de suas pesquisas sobre a Companhia de Jesus. Primeiro, Goa foi colonizada pelos portugueses, e este livro tem suas partes preambulares nao em latim, mas em portugues, ao contrario do uso privilegiado do latim pelos nossos primeiros jesuitas, como Anchieta e Nobrega. Segundo, sabendo-se do elevado grau intelectual e de oficios dos jesuitas, comprovados, por exemplo, nas admiraveis construcoes arquitetonicas nas missoes no sul do continente. O fraco acabamento desta obra chama-nos a atencao.
Curioso observar tambem na errata os pequenos "a" com caracteristicas carolingeas, provavelmente escritos a mao sobre orginais com erros. Eles se repetem com mais enfase no dialogo em lingua concani, mas nao em portugues. Seria uma utilizacao semelhante ao italico atual? Ou um esforco do missionario Stephens para criar caracteres especificos para a lingua concani?
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Reproduziremos em breve aqui algumas paginas do livro, incluindo o frontispico onde podemos ver o portugues arcaico de entao antes do texto em concani. Deste livro observa-se ainda uma errata relativamente copiosa, o que reforca as caracteristicas peculiares de uma nova gramatica e talvez a inexperiencia dos impressores jesuitas em Goa. Faz-se mister agora procurar exemplos de outras publicacoes da Companha de Jesus mundo afora para comparar a qualidade tecnica entre a producao dos diversos colegios que ele espalharam pelo mundo.
A Intellecta Design escolheu este material para a criacao da fonte devido a seus pontos de relevancia para o contexto de suas pesquisas sobre a Companhia de Jesus. Primeiro, Goa foi colonizada pelos portugueses, e este livro tem suas partes preambulares nao em latim, mas em portugues, ao contrario do uso privilegiado do latim pelos nossos primeiros jesuitas, como Anchieta e Nobrega. Segundo, sabendo-se do elevado grau intelectual e de oficios dos jesuitas, comprovados, por exemplo, nas admiraveis construcoes arquitetonicas nas missoes no sul do continente. O fraco acabamento desta obra chama-nos a atencao.
Curioso observar tambem na errata os pequenos "a" com caracteristicas carolingeas, provavelmente escritos a mao sobre orginais com erros. Eles se repetem com mais enfase no dialogo em lingua concani, mas nao em portugues. Seria uma utilizacao semelhante ao italico atual? Ou um esforco do missionario Stephens para criar caracteres especificos para a lingua concani?
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