2008:
Bicentenário da implantação definitiva da tipografia no Brasil
209 anos da criação da Casa Literária do Arco do Cego
O Brasil até ao feliz dia 13 de maio de 1808 não conhecia o que era tipografia; foi necessário que a brilhante face do Príncipe Regente Nosso Senhor, bem como o refulgente sol, viesse vivificar este país, não só quanto à sua agricultura, comércio e indústria, mas também quanto às artes, e ciências, dissipando as trevas da ignorância, cujas negras, e medonhas nuvens cobriam todo o Brasil, e interceptavam as luzes da sabedoria. Assim, por decreto datado deste mesmo dia dos seus felizes anos, Sua Alteza Real foi servido mandar que se estabelecesse nesta Corte a Impressão Régia, para nela se imprimirem exclusivamente toda a legislação, e papéis diplomáticos, que emanarem de qualquer repartição do real serviço, e também todas, e quaisquer obras, concedendo a faculdade aos seus administradores para admitirem aprendizes de compositor, impressor, batedor, abridor, e demais ofícios que lhe sejam pertencentes. Este máximo benefício, que Sua Alteza Real outorgou ao Rio de Janeiro, é bem de esperar que se comunique à Bahia, e também às capitais das principais províncias do Brasil, visto o sistema liberal que o mesmo augusto senhor tem adotado a favor dos seus vassalos desta parte dos seus domínios, e que se imprimam na América Portuguesa obras muito interessantes, que, ou já compostas, jazem na poeira do esquecimento, e do desprezo, ou que para o futuro se hajam de compor, facilitados os meios de se darem à luz pelo prelo.
Luiz Gonçalves dos Santos (Padre Perereca). Memórias para servir à História do Reino do Brasil, S. Paulo: Edusp; Belo Horizonte: Itatiaia, 1981 [1825], tomo I, p. 207. Capa de Cláudio Martins.
2007:
260 anos da primeira tipografia no Rio de Janeiro"Compartilhar registros de leituras: críticas, aplausos, questionamentos; propor discussões e iniciativas; contar coisas passadas e divulgar novidades; História do livro e da leitura; Livrarias, editoras, bibliotecas: seus leitores, autores e editores; profissionais, pesquisadores, bibliotecários, críticos; as instituições, as políticas públicas, seus acertos e desacertos. Esta é a nossa praia."
Nenhum comentário:
Postar um comentário