domingo, junho 25

BARROCO

ARROCO.
Da segunda metade do século XVI à primeira metade do século XVIII, compõe-se de três fases mais ou menos nítidas: o Maneirismo (1530-1640), em que se alargam e distorcem as formas renascentistas; o Barroco (1570-1680), de expressão depurada e estilo sóbrio; e o Barroquismo ou Barroco tardio (1680-1750), uma vez mais rebuscado e excessivo. Recebe denominações locais: na Itália, marinismo, do poeta Giambattista Marino; na Inglaterra, eufuísmo, do título do poema Euphues, de John Lyle; preciosismo, na França; cultismo ou conceptismo em Portugal e, na Espanha, gongorismo, do nome de Luís de Góngora y Argote. Essas designações referem-se, em geral, ao Maneirismo e seus ornamentos abundantes e, não raro, abuso de figuras de linguagem que torna os textos herméticos. Arte da Contra-reforma, o Barroco reage ao racionalismo renascentista e retorna à tradição cristã. Cheio de tensão interna, seu sentimento da transitoriedade das coisas faz com que a poesia do espanhol Francisco de Quevedo y Villegas, do francês Agrippa d'Aubigné ou do alemão Angelus Silesius seja marcada por pessimismo e gosto pelo macabro (embora restos do epicurismo renascentista ainda se encontrem nos sonetos de Michelangelo Buonarroti ou de William Shakespeare). A religiosidade atormentada se manifesta na poesia mística de São João da Cruz, Sta. Teresa de Ávila ou do inglês John Donne, freqüentemente tingida de erotismo; na oratória do pe. Antônio Vieira ou do francês Jacques Bénigne Bossuet; e no Paraíso perdido, de John Milton, sobre a queda de Lúcifer e o pecado original. No domínio profano, a Jerusalém libertada, de Torquato Tasso, e o Orlando furioso, de Lodovico Ariosto, renovam a épica. A prosa barroca - As tortuosas histórias de amor de Honoré d'Urfé (Astréia) e Mlle. de Scudéry (Clélia) retomam e atualizam os estilizados códigos sentimentais da literatura cortesã medieval. Os Ensaios, de Michel de Montaigne, abordando as mais diversas áreas do conhecimento e do comportamento, formulam uma visão estóica da condição humana. O personagem-título do Don Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, sátira à novela de cavalaria, dividido entre a ilusão e a realidade, é o símbolo da face idealista e aventureira do espírito humano, complementada pelo lado realista e de bom senso, representado por seu criado Sancho Pança, camponês que tem os pés solidamente plantados no chão. Na área da literatura infanto-juvenil, coletâneas são publicadas, na década de 1630, pelos italianos Giovanni Caravaggio e Giambattista Basile e pelo português Gonçalo Fernandes Troncoso. Em 1696, os Contos de Mamãe Gansa, de Charles Perrault, estabelecem o modelo do conto defadas que será seguido por diversos autores. (a capitular usada é do periodo barroco)

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