sexta-feira, julho 28

O Barroco

Barroco é o período que sucedeu o Renascimento, do final do século XVI ao final do século XVII, estendendo-se a todas as manifestações culturais e artísticas européias e latinoamericanas. O barroco foi anunciado pelo maneirismo e se extinguiu no rococó, um barroco exagerado e exuberante, considerado por muitos críticos a decadência do movimento. Sob o ponto de vista estético, o barroco revela a busca da novidade e da surpresa; o gosto pela dificuldade, vinculado com a idéia de que se nada é estável tudo deve ser decifrado; a tendência ao artifício e ao engenho; a noção de que no inacabado reside o ideal supremo de uma obra artística. A literatura barroca se caracteriza pelo uso da linguagem dramática expressa no exagero de hipérboles, metáforas, anacolutos e antíteses

O termo Barroco é usado para designar o estilo que, partindo das artes plásticas, teve seu apogeu literário no século XVII, prolongando-se até meados do século XVIII. Devido a razões essencialmente didáticas, costuma-se delimitar este movimento, no Brasil, entre 1601 e 1768: · 1601: publicação de Prosopopéia, de Bento Teixeira pinto; 1768: publicação das Obras poética, de Cáudio Manuel da Costa, que assinala o início do Arcadismo no Brasil. (ao lado, capitular barroca)

A Reforma Da Idade Média até o Renascimento, a igreja exerceu destacada ação política, social e econômica. Isto fez com que alguns dos seus elementos – ou que nela se infiltraram não por motivos puramente religiosos, mas pelo desejo de participar do status alcançado através da atuação clerical – vivessem como senhores nobres ou como pecadores contumazes, contrariando os ideais de humildade e simplicidade de doutrina cristã. Esta situação propiciou uma cisão no seio da Igreja, concretizada pela Reforma Protestante de Martinho Lutero, iniciada em 1517, seguida da adesão de João Calvino, em 1532. Os reformadores, Lutero na Alemanha e Calvino na França, reivindicaram a reaproximação da igreja do espírito cristianismo primitivo. Calvino difunde a idéia de que todos os fiéis podem ter acesso ao sacerdócio, inclusive as mulheres. Abole a hierarquia e institui os pastores como ministros das igrejas, aos quais é permitido o casamento. Calvino prega a teoria da predestinação, afirmando que Deus concede a salvação a poucos eleitos e que o homem deve buscar o lucro por meio do trabalho e da vida regrada, identificando a ética protestante com incipiente capitalismo e tornando-a atraente. Coisa que segundo alguns historiadores facilitou nas mentalidades o crescimento, afinal realizado, das nações européias, livres das amarras católicas. Max Weber, séculos depois, teorizou em cima disto e criou uma nova disciplina, a Sociologia. (ao lado, Martinho Lutero, a personificação da Reforma)

A Contra Reforma

Com o objetivo de eliminar os abusos que haviam afastado tantos fiéis e permitindo o êxito dos reformistas em alguns países, a Igreja organizou a Contra Reforma. Para tanto, foi convocado o Concílio de Trento (1545-1563), que deveria objetivar o estabelecimento da disciplina do clero e a reafirmação dos dogmas e crenças católicos. A partir do Concílio de Trento, cria-se a Congregação do Índex, para censurar livros contrários à doutrina católica (Index Librorum Prohibitorum), e a Inquisição é reorganizada para o julgamento de cristãos, hereges e de judeus acusados de não seguirem a doutrina da igreja, estabelecendo-se a tortura e a pena de morte. A tentativa de conciliar o espiritualismo medieval e o humanismo renascentista resultou numa tensão entre forças opostas:o teocentrismo e o antropocentrismo. A procura da conciliação ou do equilíbrio entre ambas equivale à procura de uma síntese que, em resumo, é o próprio estilo Barroco.

Principais autores, principais obras

Gregório de Mattos

Com exceção de Gregório de Mattos, nenhum outro escritor se destacou no Barroco brasileiro. O padre Antônio Vieira, embora tenha escrito boa parte de sua obra no Brasil, pertence mais à literatura portuguesa do que à nossa. Refletindo o dualismo barroco, ora demonstrava a versão que sentia pelo clero, ora relevava em seus poemas uma profunda devoção ás coisas sagradas, ora escrevia versos pornográficos e sensuais. Cursou leis em Coimbra, época de suas leituras de Gôngora e Quevedo, poetas espanhóis dos quais revela nítidas influências, além de Camões. Graças à linguagem maliciosa e ferina com que criticava pessoas e instituições da época (não dispensando palavras de baixo calão), recebeu o apelido de B oca do Inferno,tendo de exilar- se por algum tempo em Angola, perseguido pelo filho do governador Antônio da Câmara Coutinho (vítima de suas sátiras

Padre Antônio Vieira

Foi o maior pregador do seu tempo, defensor dos negros e dos índios – sobretudo dos índios – e dos cristãos-novos (judeus convertidos). A defesa dos cristãos-novos e sua fidelidade ao rei d.João IV valeram-lhe o ódio da Iquisição. Após a morte do seu protetor, d.João IV, a Inquisição processou-o por opiniões heréticas. Durante algum tempo foi imposto a ele o internamento em uma casa jesuítica e o impedimento de pregar. Anistiado por d.Pedro, regressou ao Brasil em 1681.

Sua obra compreende as Obras de profecia: Histórias do futuro; Esperanças de Portugal, os Sermões, entre os quais se destacam: Sermão da sexagésima (sobre a arte de pregar); Sermão pelo Bom sucesso das armas (por ocasião da invasão holandesa, em 1640); Sermão de Santo Antônio( ou Sermão dos peixes, em defesa do índio escravisado. O Padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa (Portugal) em 1608 e morreu em Salvador (Bahia) em 1697.

O Período Barroco foi marcado pela força da Igreja exercendo um poder político, social e econômico tornando os elementos da sociedade enfraquecidos, estendeu-se a todas as manifestações culturais e artísticas européias e latino-americanas. O termo Barroco é usado para designar o estilo que, partindo as artes plásticas, teve seu apogeu literário no século XVII, prolongando-se ate meados do século XVIII. Devido a razoes essencialmente didáticas, costuma se delimitar este movimento, no Brasil, entre 1601 e 1768.



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