Impressor e desenhador de caracteres inglês que nasceu em 1706, em Wolverley, e faleceu em 1775. Foi calígrafo e teve um negócio de vernizes onde ganhou o dinheiro que lhe permitiu estabelecer-se como tipógrafo. Desenhou os seus próprios caracteres, inspirados na caligrafia inglesa de finais do século XVII. Foi também o inventor de alguns aperfeiçoamentos na prensa tipográfica e, em conjunto com o papeleiro James Whatman, introduziu melhoramentos no chamado papel vitela, tornando-o mais liso. Também inventou uma tinta para seu uso pessoal, servindose dos conhecimentos que tinha sobre vernizes. A sua primeira obra impressa, do poeta romano Virgílio, em quarto, causou sensação na Europa em 1757. Foi nomeado director da gráfica universitária de Cambridge, onde imprime em 1763 uma sumptuosa Bíblia em folio. Entre 1757 e 1775, data da sua morte, imprime mais de cinquenta obras, sem contar com outros trabalhos menores. Em 1777, os seus punções, matrizes e prensas são instalados em Kehl, na Alemanha, onde são usados para a impressão da obra completa de Voltaire, editada pela sociedade literária e tipográfica de Beaumarchais. Depois de 1789, Beaumarchais instalou a fundição de Baskerville em Paris. A Gazette Nationale é impressa, a partir de Novembro de 1790, com tipos Baskerville e, durante os primeiros anos da revolução, os seus tipos são usados em muitos outros impressos. Os tipos Baskerville são depois comprados pela família Didot.Em 1953, Charles Peignot compra-os e doa-os à Cambridge University Press. Os caracteres fundidos por Baskerville são de grande elegância e perfeição, constituindo um tipo próprio, o baskerville, a meio caminho entre o tipo romano clássico de Jenson e o moderno de Bodoni.
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