segunda-feira, outubro 16

Lobo Solitário

well. vamos falar agora daquela que é, em minha opinião, uma das melhores sequencias de histórias em quadrinhos do mundo, em todos os tempos: Lobo Solitário, o Assassino do Carrinho de Bebê. arte sequencial japonesa em preto e branco, com enredos formidáveis, planos cinematográficos em profusão, muitas cenas mudas onde os planos de movimento agem por si, totalmente em preto e branco, valorizando o conteudo. de quebra, dialogos inteligentes, e uma verdadeira enciclopédia sobre o Japão feudal, seus usos, costumes, leis, religiões, cultura. enfim, Lobo Solitário agrega como muito pouco se pode encontrar por aí, divertimento e cultura em doses equilibradas, muito diferentemente, por exemplo, do chatissimo cinema de arte
e tem mais. o personagem principal, Itto Ogami, é mais que um anti-herói ao estilo ocidental. nele não há remorso nem prazer, nem alegria nem tristeza, não há momentos de dúvida ou de especulações filosóficas como ocorrem nos anti-heróis da cultura narrativa ocidental. Itto Ogami anda por um caminho cultural-filosófico-tradicional nascido dentro da rígida educação samurai que não prevê desvios. seu objetivo, vingar a traição que lhe tirou a mulher (assassinada, com filho recém nascido, que ele passa a cuidar) e o mais alto posto na hierarquia do shogunato (abaixo do Xogun). mas, não escolhe o tradicional meio do seppuku (que nós ocidentais conhecemos vulgarmente por harakiri). Ogami escolhe a estrada do assassino, o Meifumado, e passa a percorrer o Japão como um Ronim mercenário acumulando riquezas para seu projeto de vingança. Mais não posso dizer neste post, ficará para os próximos


Nenhum comentário: