sábado, abril 14

Hungria, os eslavos e a droga do "Politicamente Correto"

não se iludam. este post não fala exatamente sobre a Hungria e os Eslavos

vou contar a verdade para vocês. sou fã dos eslavos. sempre fui. até já fiz alguns poemas sobre o assunto (Eslávia). gostava de acreditar em minha infância que o Conan era (com aquele seu cabelo preto liso escorrido - se voce só conhece os filmes esqueça) um personagem extraido de antigas cronicas eslavas. na minha mente de sul-americano eu pensava - embalado pelas musiquinhas esquerdistas que rolavam em nosso país - que os eslavos eram uma espécie de esquerda européia (acho que são mesmo).

não eram noplis como os que nos rodeiam (o termo voce não pode saber a não ser em off) e tampouco eram esnobes e loiros como a elite dominante. em minha ascendencia polonesa eu até imaginava algum parente mais a esquerda do mapa (o que, no caso, é a direita!).

depois de escutar e divulgar aqui a musica hungara é bom propor uma leitura geral aos nossos internautas sobre a Hungria. e, falando finalmente sobre o que interessa, este é o primeiro post para uma série de posts sobre mulheres bonitas e gostosas, todas brunetes, morenas, ou seja, eslavas. que me perdoem as loiras-burras

bem, como eu disse este post não é exatamente sobre os eslavos, embora tudo ai acima esteja nos conformes. é sobre a maldição do "politicamente correto" que assola as mentes e os sistemas no mundo, inclusive e principalmente no Google. explico:

procurava imagens de mulheres húngaras e/ou eslavas para ilustrar este post. é óbvio, e estou no mesmo direito que as revistas não pornográficas (e que ainda asssim ostentam mulheres bonitas nas capas). porém a maneira "politicamente correta" de pensar parece atingir os mecanismos de procura na internet. tente digitar uma procura por "woman" que não seja objetivamente pornográfica e você certamente terá dificuldades em obter o que procura. se a sua procura estiver associada a países do leste europeu então será quase certamente imposssível de obter resultados nas vinte primeiras páginas, pois acho que que uma política de afirmação parece querer desvincular na marra a concepção oriunda da era Cicciolina. enfim, isto tudo me lembra "1984".

coincidentemente, esta semana eu li um excelente artigo na net (que vou transcrever logo abaixo) e que profeticamente de certa forma antevia este meu. para aumentar o caldo, já que sempre precisamos nos apoiar nos mais experientes, queria lembra um conto publicado na Asimov Magazine, décadas atras, que narrava justamente a desaparição de novelas de Shakesperare ocasionadas pela intervenção de ligas de entidades "politicamente corretas!"

SOS Big Brother

A patrulha não está de brincadeira. Outro dia, no patético Big Brother Brasil, Pedro Bial chamou os participantes do programa de heróis. Foi o suficiente para estourar uma campanha na internet (ou um spam, o que dá mais ou menos no mesmo), crucificando o vibrante apresentador-jornalista.

Essa cultura politicamente correta está cada vez mais religiosa. Alvo de críticas recorrentes da sociedade esclarecida, Bial agora foi tratado como um blasfemo. Heróis de verdade são aqueles que cuidam das criancinhas desamparadas, dos pobres, dos frascos e comprimidos, bradam os autores do protesto, muito bem embalado numa coleção de slides coloridos.

Chegamos ao ponto em que chamar de heróis aqueles bobocas que ficam desfilando seus corpinhos em cativeiro é falta moral grave. Não pode mais. Só podem ser chamados de alienados, descerebrados, inúteis. Quem são os verdadeiros heróis para esses militantes do bem? São os funcionários das ONGs humanitárias.

Está lá no panfleto eletrônico uma lista de ongueiros e ativistas virtuosos, candidatos a destronar popozudas e popozudos na vaga de heróis nacionais. Mas a mensagem é um pouco mais profunda. Você, que telefonou ou deixou seu filho telefonar para votar no Alemão, também é um desmiolado, um imprestável.

Da próxima vez, calcule o dinheiro que gastará com as ligações para o Big Brother e fique longe do telefone. Envie essa quantia para uma das ONGs listadas pela organização Médicos sem Fronteiras.

Não é de hoje que a esquerda está aí para “conscientizar” os distraídos. Até pouco tempo atrás o PT punha no ar aquelas propagandas encenadas em que um Zé Povinho engajado tirava outro Zé Povinho da frente de um jogo de futebol, e provocava o seu “despertar” para a política.

Também não é de hoje que esses bons samaritanos estão alertando o povo para a fortuna que dá à Globo com essas ligações telefônicas para o Big Brother.

Mas, ainda assim, essas campanhas estão tímidas. Nesse ritmo, a salvação do mundo vai demorar um pouco mais. O certo seria convocar o povo a separar todos os tostões que gasta com besteira (futebol, circo, motel, cinema, aposta em reality show etc) e entregar tudo para um grande Fundo de Ações Politicamente Corretas, ou talvez para uma holding Forças do Bem S.A.

Seria uma ampla sistematização do caça-níqueis social, embalada por algum slogan impactante, do tipo “Bial nunca mais”.

É mais ou menos esse, o recado: se você se diverte com essa bobagem que é o Big Brother Brasil, você prejudica essa coisa nobre que são os Médicos sem Fronteira. Sem fronteira, mas com ideologia: eles estão dizendo que os heróis do Bial fazem mal à saúde. O que faz bem à saúde, do corpo e do espírito, quem sabe são eles. E é por isso que é para eles que você deve dar o seu dinheiro.

É chato lembrar, mas era mais ou menos essa a ideologia de Delúbio Soares quando começou a montar sua famosa caixinha: quem quisesse ver o bem triunfar tinha que pingar algum na conta corrente da revolução. É dispensável lembrar onde o bem foi parar no final dessa história.

O que os patrulheiros da virtude talvez jamais compreendam é que entre os mais humanitários dos valores está o livre-arbítrio. E se essa liberdade levar a um telefonema para o Big Brother, esse telefonema será sagrado.

A outra face dessa moeda é a sociedade talibã, onde a cultura é filtrada pela política. Resta esperar que as ONGs do bem digam aos brasileiros em que canal eles devem sintonizar seus espíritos.


e
colours


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