Jaeger é o sobrenome, coincidência, de um velho amigo de infância lá no Rio Grande do Sul
segundo a Wikipedia ex-libris é uma frase latina que significa literalmente "dos livros", sendo empregada para determinar a propriedade de um livro. Portanto, ex libris mais um nome no caso genitivo indica que tal obrar é "de propriedade de" ou "da biblioteca de".
A incrição pode estar inscrita numa vinheta colada em geral na contra capa ou página de rosto de um livro para indicar quem é seu proprietário. A vinheta em geral contém um logotipo, brasão ou desenho e a expressão "Ex libris" seguida do nome do proprietário. É possível que contenha um lema, ou citação. Para os bibliófilos os ex-libris tem um especial interesse e campo de estudo uma vez que ajudam na autenticação de peças raras se provenientes de coleções de bibliófilos respeitados.
Inscrições de propriedade em livros não eram comuns na Europa até o século XIII, quando outras formas de biblioteconomia se tornaram comuns. Hoje em dia existem associações de colecionadores de Ex libris. E, acredite, em dezenas de países.
Meu interesse pelos ex-libris tem se acentuado a medida que em minhas pesquisas sobre tipografia me deparo cada vez mais com eles. Á medida que os ex-libris são criados dentro de um ambiente naturalmente bibliófilo não é raro que a maioria absoluta deles contenham elementos claramente do mundo dos livros, tais como tipografias e letterings criativos, gravuras similares e/ou imitando xilogravuras (woodcuts) e elementos heráldicos e monogramicos, muitos tendo se inspirado provavelmente nas marcas de impressores medievais.
Existem, inclusive artistas especializados na criação de ex-libris, assim como existem os interessados em naturezas-mortas ou em paisagens, por exemplo. Ex-libris tem sido desenhados ao longo dos séculos por artistas cujos nomes não deixam dúvidas como Albrecht Durer, Thomas Bewick, Paul Revere, Kate Greenaway, Aubrey Beardsley, Marc Chagall, M.C. Escher, Rockwell Kent, Leonard Baskin, Barry Moser, e outros, o que atesta a categoria de arte deste tipo de criação.
Sobre a historicidade e a ligação estreita entre ex-libris e tipografia nos diz o estudioso portugues, J V de Bragança, no site The Art of Ex-Libris:
Neste post, portanto, iniciaremos uma série de outros posts mostrando ilustrações de ex-libris e links para algumas associações. A American Society of Bookplate (ex-libris em inglês) Collectors & Designers traz em sua página de links mais outros importantes e o resto voce sabe: não termina nunca.
As ilustrações de ex-libris deste post foram obtidas no site escandinavo da Bergen Public Library, indiretamente, enquanto eu procurava mais informações sobre o Heimskringla (a saga dos reis noruegueses) e Gerhard Munthe, grande artista e tipógrafo nacionalista norueguês, cujas fontes, muito belas, infelizmente não são fáceis de se obter, como, por exemplo a Fabritius e a Frisianus. A primeira vez que ouvi falar do Heimskringla foi lendo "Viagem ao Centro da Terra de Julio Verne" (cade o post sobre Verne? Nautron respoc lorn virch!), e toda vez que escuto a versão da ópera de Rick Wakeman aquele nome sonoro me sopra nos ouvidos. Enfim, do Heimskringla às capitulares de Munthe foi um só passo. E se eu tivesse dinheiro mesmo compraria o livro inteiro só para poder obtê-las, um exemplar do quase inencontrável no Brasil "Snorre Sturlason - Heimskringla, J.M. Stenersen & Co, 1899", que Munthe ilustra.
Gerhard Munthe
ilustração do Heimskringla, de Munthe
woodcut de Munthe
capitular para a Olav Tryggvasons saga, da edição "Snorre Sturlason - Heimskringla, J.M. Stenersen & Co, 1899"
fonte Fabritius, de Munthe
fonte Frisianus, Munthe
segundo a Wikipedia ex-libris é uma frase latina que significa literalmente "dos livros", sendo empregada para determinar a propriedade de um livro. Portanto, ex libris mais um nome no caso genitivo indica que tal obrar é "de propriedade de" ou "da biblioteca de".
A incrição pode estar inscrita numa vinheta colada em geral na contra capa ou página de rosto de um livro para indicar quem é seu proprietário. A vinheta em geral contém um logotipo, brasão ou desenho e a expressão "Ex libris" seguida do nome do proprietário. É possível que contenha um lema, ou citação. Para os bibliófilos os ex-libris tem um especial interesse e campo de estudo uma vez que ajudam na autenticação de peças raras se provenientes de coleções de bibliófilos respeitados.
Inscrições de propriedade em livros não eram comuns na Europa até o século XIII, quando outras formas de biblioteconomia se tornaram comuns. Hoje em dia existem associações de colecionadores de Ex libris. E, acredite, em dezenas de países.
Meu interesse pelos ex-libris tem se acentuado a medida que em minhas pesquisas sobre tipografia me deparo cada vez mais com eles. Á medida que os ex-libris são criados dentro de um ambiente naturalmente bibliófilo não é raro que a maioria absoluta deles contenham elementos claramente do mundo dos livros, tais como tipografias e letterings criativos, gravuras similares e/ou imitando xilogravuras (woodcuts) e elementos heráldicos e monogramicos, muitos tendo se inspirado provavelmente nas marcas de impressores medievais.
Existem, inclusive artistas especializados na criação de ex-libris, assim como existem os interessados em naturezas-mortas ou em paisagens, por exemplo. Ex-libris tem sido desenhados ao longo dos séculos por artistas cujos nomes não deixam dúvidas como Albrecht Durer, Thomas Bewick, Paul Revere, Kate Greenaway, Aubrey Beardsley, Marc Chagall, M.C. Escher, Rockwell Kent, Leonard Baskin, Barry Moser, e outros, o que atesta a categoria de arte deste tipo de criação.
Sobre a historicidade e a ligação estreita entre ex-libris e tipografia nos diz o estudioso portugues, J V de Bragança, no site The Art of Ex-Libris:
The close relationship between the Ex Libris, Books and the Bibliophile has been an established tradition over the centuries since the invention of the movable type in the XVth century, by Guttenberg [1]. Without books and bibliophiles who love them, there wouldn't have been ex libris, at least till recently, as we will discuss later.
Indeed, ex libris - Latin expression meaning «from the books of…»-, or bookplates, as they are called in the English language, were born out of the need to identify the book's ownership being thus a sign or mark of ownership of books that compose one’s library [2].
As a mark of possession, it begun to be a manuscript inscription with the owner’s name or his owner's hand painted armorial. But after the invention of the printing press, ex libris became a small printed label, pasted into the volume’s back cover binding, bearing its owner's name and a sign of personal identification, usually an armorial device artistically executed through wood cut or wood engraving process begun to be used. Alongside with the ex libris, printed on paper and pasted on the inside cover of the books, there were also the super libros, usually also of heraldic motive, stamped on the cover binding of the book and serving the same purpose.
Apart from attesting the book’s ownership the ex libris also had the advantage of embellishing the book in whose back cover or on the inside of the binding was duly pasted.
Till the middle of the XVIIIth century, ex libris were as said, predominantly, of heraldic motif and later on, as our societies evolved, they became increasingly pictorial with symbolic or allegoric motifs.
The first exlibris were created and reproduced using the then flourishing engraving techniques of xylography (wood engraving or wood cut). By the end of the XVth century a new engraving technique was developed that of intaglio or incised printing, using a copper or steel plate engraved or etched with a burin, enabling more detail, being more resistant and allowing more prints to be made. This obviously helped the widespread of prints and of bookplates as well [3].
The intaglio with its various techniques - etching, aquatint, mezzotint, burin or dry-point – was followed in the XIXth century by lithography and more recently with photo mechanical processes like line block or even more recently through digital computer design, generally always using paper as its printing support.
As ilustrações de ex-libris deste post foram obtidas no site escandinavo da Bergen Public Library, indiretamente, enquanto eu procurava mais informações sobre o Heimskringla (a saga dos reis noruegueses) e Gerhard Munthe, grande artista e tipógrafo nacionalista norueguês, cujas fontes, muito belas, infelizmente não são fáceis de se obter, como, por exemplo a Fabritius e a Frisianus. A primeira vez que ouvi falar do Heimskringla foi lendo "Viagem ao Centro da Terra de Julio Verne" (cade o post sobre Verne? Nautron respoc lorn virch!), e toda vez que escuto a versão da ópera de Rick Wakeman aquele nome sonoro me sopra nos ouvidos. Enfim, do Heimskringla às capitulares de Munthe foi um só passo. E se eu tivesse dinheiro mesmo compraria o livro inteiro só para poder obtê-las, um exemplar do quase inencontrável no Brasil "Snorre Sturlason - Heimskringla, J.M. Stenersen & Co, 1899", que Munthe ilustra.
Gerhard Munthe
ilustração do Heimskringla, de Munthe
woodcut de Munthe
capitular para a Olav Tryggvasons saga, da edição "Snorre Sturlason - Heimskringla, J.M. Stenersen & Co, 1899"
fonte Fabritius, de Munthe
fonte Frisianus, Munthe
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Lewis Jaffe
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