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o fato é - falo por experiencia-, que os projetos aqui no nordeste parecem não ir muito além dos primeiros momentos de euforia.
pesquisando na Internet descobri um texto sobre o assunto que dizia, no longinquo ano de 2001, que a fonte iria ser vendida pela internet, "refazendo o caminho dos sertões" bla bla bla. que iria fazer e acontecer. onde está fonte (nada no DaFont, nem no Myfonts nem na Internet)? de qualquer forma mostro aqui dois dos filhos desta idéia. o primeiro, logo acima, mostra um projeto mais detalhado em sua concepção geral, para um livro, que voce pode ver aqui. os autores explicam parcialmente a concepção:
"Para representar a dureza da terra do sertão, foram
explorados dois tipos de letras: a primeira (CasablancaAntique) compõe olhares
sobre e pernambucanos por apresentar sinuosidade, referência e característica ao
solo semi-árido durante as chuvas; a segunda (adaptação livre da tipografia
armorial, baseada na marca do ferro de ferrar bois da família de Ariano
Suassuna) evidencia Os Sertões, representando os antagonismos: composição de
traços fortes/rústicos, suaves/harmoniosos."
explorados dois tipos de letras: a primeira (CasablancaAntique) compõe olhares
sobre e pernambucanos por apresentar sinuosidade, referência e característica ao
solo semi-árido durante as chuvas; a segunda (adaptação livre da tipografia
armorial, baseada na marca do ferro de ferrar bois da família de Ariano
Suassuna) evidencia Os Sertões, representando os antagonismos: composição de
traços fortes/rústicos, suaves/harmoniosos."
O projeto mais consistente então parece ser aquele cuja fonte chama-se Os sertões e que nos é explicado por Raítza Vieira. Ela nos diz:
"Professor da Católica cria fonte utilizada pelo Sebrae no
Fashion Rio
A fonte os Sertões, criada pelo professor da Católica Breno
Carvalho junto à Agência Experimental de Relações Públicas (Agerp) da
Universidade, foi utilizada pelo Sebrae, durante o evento de moda -
Fashion Rio - que aconteceu entre os dias 3 e 8 de junho na Marina da Glória.
O professor Breno explica que o Sebrae solicitou a fonte para ser
utilizada na identidade visual do stand da empresa. “No local, roupas
tipicamente pernambucanas eram vendidas, sendo a fonte ‘os Sertões’ utilizada
para identificação das peças e do próprio stand”, disse.
Para ele, ter “Os Sertões” no Fashion Rio, através do Sebrae, foi uma forma de
reconhecimento do trabalho. “A tipografia é um ramo que não dá dinheiro. Mas o
fato de você criar uma letra e ela ser solicitada por outras pessoas é muito
gratificante e tem um valor imenso,” afirmou. Ele conclui “não é um trabalho que
você produz e fica arquivado, mas é algo que as pessoas podem utilizar.”
Fonte os Sertões - A tipografia os “Sertões” foi
criada originalmente para a composição das marcas dos projetos
interdisciplinares da Universidade Católica de Pernambuco: “Olhares sobre os Sertões Pernambucanos” e “Identidade Armorial”. O
primeiro, realizado em 2002, foi uma homenagem ao centenário do livro “Os
Sertões” de Euclides da Cunha. Enquanto o segundo, publicado em 2005, foi em
comemoração aos 35 anos do Movimento Armorial.
O processo de produção da fonte os Sertões não foi nada fácil. Primeiramente, Breno teve que desenhar todas as letras para depois transformá-las em fonte. “Essa foi a parte mais trabalhosa, porque tinha que testar todas as letras, o espaço entre elas e os acentos”, disse. As letras começaram a ser desenhadas em 2002 e a
transformação em fontes foi finalizada em 2004.
A fonte os “Sertões” foi baseada na tipografia Armorial, criada pelo escritor Ariano Suassuna. E aproveitando a comemoração, no último sábado, dos 80 anos do mestre da literatura nacional, Ariano, é que o professor Breno e o coordenador
da Agerp, Alfredo Sotero, redigiram um texto para o escritor, parabenizando-o
pelo aniversário e pelo trabalho desenvolvido. E claro, tudo escrito com a
fonte “Os Sertões”.Finalizando, penso que a fonte foi muito pouco divulgada. Gostaria de ser melhor esclarecido para melhor esclarecer.
a segunda tipografia, menos ambiciosa, é explicada aqui.
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